DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Cada vez mais observamos o ingresso de mulheres na pesca com mosca, um evento que para alguns é surpreendente, mas que na realidade é algo natural.
A história da pesca com mosca é marcada por grandes mulheres. O primeiro livro com o assunto mencionado “The Book of Saint Alban”, foi escrito por Juliana Berners e é conhecido como um marco da pesca com mosca e, ao passar dos anos, inúmeras mulheres ensinaram com maestria a pescar e arremessar, tendo Joan Wullf como um grande símbolo da modalidade.

A pesca com mosca é uma atividade que pode ser exercida por homens, mulheres, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, ou seja, universal. O mosqueiro deve ser uma pessoa que aprecie a natureza, paciente, sensível e ter grande amor pelo que faz.
Muitos têm questionado: as mulheres pescam melhor que os homens? Essa pergunta se mostra irrelevante desde que ambos estejam pescando, pois o verdadeiro mosqueiro compete apenas consigo mesmo. Mas o que podemos dizer de nossas mosqueiras é que elas pescam muito bem, isto constatado nos rios e lagos do Brasil.
Ilustração do livro - The Book of Saint Albans

E o que realmente importa é o que todos nós podemos aprender com elas.
Primeiro, aprender a usar menos a força e mais o jeito. Isso se traduz em arremessos mais plásticos, suaves, e que por consequência espantam menos os peixes e trazem melhores resultados.
Depois, usar a delicadeza como aliada, fazendo uma sintonia fina no pique e uma cravada suave, que por consequência, rompe menos tipet.
Juliana Berners
E por evidente, entender que o belo compõe o ambiente, que a pesca com mosca é tratada muitas vezes como jogo quando pode ser vista como uma dança.
Devemos festejar a presença de mosqueiras nos nossos rios e lagos, e devemos observá-las para nos tornarmos mosqueiros cada vez melhores.
Feliz dia Internacional da Mulher.

Joan Wulff